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De vez em quando, sinto uma vontade enorme de te ver. Não pelo ato de ter ver realmente, mas pra mostrar que eu cresci. Que tudo o que aconteceu já não me incomoda mais, que eu já consigo sorrir novamente ao ouvir as "nossas" músicas, consigo me divertir com os "nossos" filmes e até mesmo rir com as lembranças.  Sinto vontade de te mostrar que as feridas já cicatrizaram, que já não doem. Que eu já superei.

Inocência.



Pelo canto do olho, observo um casal sentado em uma mesa próxima. A garota olha para o garoto e sorri, fica vermelha, toda tímida. Acha que ele é o cara da vida dela, que nunca vai magoá-la. Sinto um pouco de inveja dela. Não pelo garoto. Pela inocência que já não tenho mais. Talvez eu fosse mais feliz se ainda fosse assim, ingénua, do mesmo jeito que essa menina. Mas eu não sou mais. Depois de quebrar a cara algumas vezes, a gente aprende algumas coisas ou continua insistindo em cometer o mesmo erro - e se machucando ainda mais. Às vezes, como agora, eu desejava toda essa inocência de volta. Mas aí eu lembro do quanto doía quando me faziam de idiota e acho que talvez seja mesmo melhor assim. Dói menos quando a gente já espera que não dê tão certo.

I hope you find it.


A chuva continua caindo lá fora e parece que não vai parar tão cedo. Eu ia ligar pra você, mas eu simplesmente não consigo. Você tem andado tão distante que eu tenho me perguntado se realmente ainda há algo entre nós. Talvez eu lhe deixe uma mensagem. Porque eu odeio quando você vai embora sem ouvir tudo que eu queria que você ouvisse. Eu só espero que você encontre o que está procurando; e que tudo o que você sonhou para a sua vida aconteça. E muito mais. Não importa onde você esteja, eu só quero que você saiba que eu espero que esteja feliz - e nada vai mudar isso.

Maldita mania.


Maldita mania de acreditar em quem não merece.